O Samba de Breque

O Samba de Breque

O Samba de Breque: Samba-de-breque é o nome de um sub-gênero musical derivado do samba. A principal característica do estilo é a pausa no acompanhamento acentuadamente sincopado para uma intervenção declamatória do intérprete.

Estas paradas bruscas são chamadas breques, designação abrasileirada do inglês break, ou seja, para os freios de automóveis.

O Samba de Breque

Os “breques” são frases apenas faladas que conferem graça e malandragem.

Segundo o crítico musical Tárik de Souza, o samba-de-breque é uma variante do picote rítmico do samba-choro.

principais expoentes do Samba de Breque:

O cantor Luiz Barbosa foi o primeiro a trabalhar com o samba-de-breque. Notabilizado como intérprete de samba-canção, o músico macaense ficou também conhecido por marcar o ritmo batucando em um chapéu de palha, que introduzia o intervalo que caracterizaria o samba-de-breque. Como por exemplo, em “Rosalina”, (de Haroldo Lobo e Wilson Batista).

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Moreira da Silva – O Ultimo Malandro
Moreira da Silva : capa do disco O Ultimo Malandro (1959)

Mas quem de fato popularizou e consagrou o estilo foi o cantor carioca Moreira da Silva.

No final da década de 1930, Moreira foi cantar o samba “Jogo Proibido”, de Tancredo Silva, Davi Silva e Ribeiro da Cunha, no Cine-Teatro Méier. Durante a apresentação, o sambista inseriu versos improvisados nos intervalos, e a iniciativa fez sucesso.

Moreira foi aperfeiçoando o estilo com o passar do tempo.

O intérprete carioca marcou de vez o estilo ao introduzir um discurso em “Na Subida do Morro”(composta pelo próprio Moreira da Silva e por R.Cunha), e interpretar personagens nos enredos de seus sambas de breque, como o “Kid Morengueira”, presente no enorme sucesso “O Rei do Gatilho”.

outros expoentes do Samba de Breque:

Samba de breque

O compositor Sinhô inseriu três redondilhas menores constituindo um verso de quinze sílabas em “Cansei”, de 1929: (“`Pois lá ouvi de Deus/ A sua voz dizer/ Que eu não vim ao mundo/ Somente com o fito de eterno sofrer”). A canção seria interpretada por Mário Reis.

Em 1933, foram gravadas duas outras canções que tinham “freiadas”. “Minha Palhoça” (de J. Cascata): “Lá tem troça/ Se faz bossa”; e “O Orvalho Vem Caindo” (de Noel Rosa e Kid Pepe): “…guarda civil/ Que o salário ainda não viu”. Este efeito inspiraria os sambas mais sincopados de Geraldo Pereira.

Outro destaque no estilo foi Jorge Veiga. Ciro Monteiro, Dilermando Pinheiro e Germano Mathias também gravaram sambas-de-breque.

fonte: wikipedia.org

 

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