Considerações sobre o Trem do Samba: Aconteceu, dia 5, o tradicional Trem do Samba, projeto iniciado há 20 anos por Marquinhos de Oswaldo Cruz e que movimenta mais de cem mil pessoas. Os shows começaram na Central do Brasil e embarcaram no Trem da Central até a estação de Oswaldo Cruz onde, desta vez, 3 palcos foram montados e tiveram shows simultâneos.
Considerações sobre o Trem do Samba
Na Central, a presença marcante das velhas guardas das escolas de samba movimentou os shows. Tia Surica, como sempre, atraiu aplausos empolgados do público.
O trem depois seguiu lotado e, em cada vagão um grupo animava os convidados. Os passageiros puderam adquirir o ingresso com a troca por um alimento não – perecivel. Nelson Sargento disse que não podia faltar ao evento. Foi prestigiar os músicos com sua alegria de sempre e ainda ensaiando alguns trechos dos sambas mais conhecidos.
Considerações sobre o TREM DO SAMBA
Há quase duas décadas, o Dia Nacional do Samba, comemorado em 2 de dezembro, ganhou sua maior e mais democrática celebração. Criado em 1996 pelo compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, o Trem do Samba reúne alguns dos mais expressivos artistas do gênero em um concorrido festival, com entrada franca, que atrai mais de 200 mil pessoas a cada ano.
Além dos cinco trens que partem no dia 6 da Central do Brasil rumo ao bairro de Oswaldo Cruz, com grupos, blocos e sambistas animando cada um dos seus 36 vagões, a festa inclui shows com grandes nomes do samba – como D. Ivone Lara, Nelson Sargento, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Noca da Portela, Tantinho da Mangueira, Velhas Guardas da Portela, Mangueira, Vila Isabel e Império Serrano, Hamilton de Holanda, Dorina, entre muitos outros, espalhados em quatro palcos (Central e Oswaldo Cruz). O projeto conta com o patrocínio da Prefeitura do Rio, através da Riotur e apoio da Supervia. A realização é da Merecita Promoções em parceria com a produtora Conceito A Mais.
“A ideia é valorizar e celebrar o samba, uma das maiores expressões artísticas e culturais do país, aproximando o público de seus ídolos, bem como valorizar sua história”, resume Marquinhos. Esse foi o ponto de partida, além da preocupação em chamar a atenção do bairro de Oswaldo Cruz para sua história, que deu forma ao projeto, ainda modesto, no fim da década de 80, quando Marquinhos nem havia se tornado compositor.
Ao refazer o trajeto de Paulo da Portela e outros sambistas – que no início do século passado se reuniam no trem de volta pra casa para cantar e ao mesmo tempo fugir da repressão que havia ao samba –, Marquinhos foi contando essa e outras histórias e a elas juntou a sua própria história para dar origem ao Trem do Samba: “Começou em 1991 e durou alguns anos. Me tornei compositor nesse tempo e quando retomei em 1996, nunca mais parei”, completa o sambista, que viu, ano a ano, seu projeto se tornar o maior festival do gênero no país, graças não só à adesão dos cariocas, de norte a sul, mas de turistas estrangeiros e de outras cidades brasileiras, que vem ao Rio prestigiar o evento. Para comemorar seus 20 anos em 2015, o Trem do Samba atravessará fronteiras para uma inédita edição francesa, em Nice.