Z.O.N.N.A B

Sobre o encontro de blocos da zona norte e oeste

Sobre o encontro de blocos da zona norte e oeste: Esse encontro especial foi premiado com troféus da TV Globo Rio, promotora do evento.

O Z.O.N.N.A B mereceu o prêmio pelo reconhecimento do trabalhos de difusão dos blocos das Zonas Norte e Oeste, e a Liga Rio Afro, pela preservação  da memória afro-brasileira.

Sobre o encontro de blocos da zona norte e oeste

Sobre o encontro de blocos da zona norte e oeste
Sobre o encontro de blocos da zona norte e oeste. foto: Rafael Moraes

No último sábado, dia 23 de janeiro, mais de 2.500 pessoas passaram pela Arena Carioca Fernando Torres, no Parque Madureira, para curtir o esperado encontro de blocos das zonas Norte e Oeste, o Z.O.N.N.A B, que este ano recebeu os blocos da Liga Rio Afro para celebrar os 100 anos do samba com o tema bem humorado “Xô crise!”.  Com promoção da TV Globo, o evento teve entrada gratuita e foi apresentado pelo carnavalesco, cenógrafo e comentarista Milton Cunha. A Globobeleza Érika Moura esteve presente pelo segundo ano consecutivo da festa.

Tomando como ponto de partida o reordenamento do Carnaval de Rua das áreas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, os maiores blocos dessas duas regiões se reuniram, há três anos, para a criação do Z.O.N.N.A B (Zonas Oeste e Norte de Núcleo de Blocos), uma associação sem fins partidários que tem como meta desenhar e executar propostas para a melhoria da folia carnavalesca nesse território do espaço urbano carioca.

Além do Timoneiros, cinco outros grandes blocos das duas regiões mais populosas do Rio aderiram ao Z.O.N.N.A B e participaram do agito.  Entre eles, estão Meu Amor, Eu Vou Ali (de Vila Valqueire), Banda do Pechincha, Banguçando o Coreto (Bangu), Bigode Esticado (Méier) e Mulheres de Zeca (Irajá).  Da Liga Rio Afro, estavam presentes os seguintes blocos: Agbara Dudu, Afoxé Filhos da Paz, Filhos de Gandhi, Lemi Aiyó, Imalê Ifé,  Oju Obá Axé, Olodumaré dos Palmares, Orunmila, Afoxé Raízes Africanas, Afoxé Yê Zambi Ayê e Zimbauê.

E a feijoada da Tia Surica, pastora da Velha Guarda da Portela, é uma atração à parte, já conhecida pelo grande público. Tia Surica, aliás, sempre dá canja especial ao lado do Timoneiros da Viola; que conta, ainda, com participações do antológico grupo Exporta Samba (banda base do Timoneiros) e do cantor Rixxa, aclamado por sua poderosa voz de tenor. O intérprete, voz oficial do Timoneiros da Viola, relembrou clássicos sambas da Portela e de outras consagradas agremiações do Rio, além de clássicos de Pixinguinha, João da Baiana, Noel, Synval Silva, Ismael Silva, Bide, Marçal, Manacéa, Monarco, Geraldo Pereira, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, claro, e muitos outros.

Em 2016, o evento não contou com concurso de música, mas teve premiação. O Z.O.N.N.A B  e a Liga Rio Afro receberam das mãos de André Dias, diretor de Projetos Especiais da TV Globo, troféus pelo reconhecimento dos trabalhos de difusão dos blocos Zonas Norte e o Oeste e pela preservação da memória afro-brasileira, respectivamente.

Além do público cativo de todas as regiões do Rio de Janeiro, o evento  contou com uma  visita internacional: Teresa Arcq , curadora da mostra “Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México”, que está no Brasil para a temporada da exposição no Rio de Janeiro ( estreia no dia  30, na Caixa Cultural Rio).  Teresa estava acompanhada com o grupo de amigos formados por Renato Camarillo (restaurador  do México), Robson Outeiro (produtor cultural RJ),Otávio Murillo, Magda Carranza e Eva Lopez-Sanchez.  O produtor Cultural Robson Outeiro foi o responsável pela programação do grupo. 

Eles queriam samba e conhecer as raízes brasileiras. Robson levou o grupo no lugar certo..  Eles gostaram muita da organização e das apresentações dos blocos afros, caíram no samba com a elogiada bateria do bloco Timoneiros da Viola e, de quebra, conferiram o sabor da famosa Feijoada da Tia Surica, – conhecida internacionalmente –  a quem cumprimentaram.

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