Documentário Fala Mangueira de 1981: Como era o morro da Mangueira no início da década de 80? Como e o que pensavam os seus moradores? O Documentário Fala Mangueira! de 1981 é um registro precioso da alma do morro em um dos momentos mais marcantes de sua história, quando o poeta Cartola saía de cena.
Documentário Fala Mangueira de 1981
O documentário “Fala Mangueira!” de 1981 – narrado por Grande Otelo e com direção de Frederico Confalonieri.
O documentário mostra o Morro de Mangueira, seus habitantes, sua escola e sua música. influência que o carnaval exerce sobre o cotidiano do morro, acompanhando a fabricação dos carnavais de 1981 e 1982, entrevistando vários moradores que contam a história de mais de meio século de existência da favela e ressaltando sua importância comunitária e cultural, ao som dos mais belos sambas compostos sobre a Mangueira.
Documentário Fala Mangueira de 1981. Um pouco da história do morro
A favela surgiu a partir de alguns barracos nas terras do Visconde de Niterói. Desde 11 de maio de 1852, quando se inaugurou nas proximidades da Quinta da Boa Vista o primeiro telégrafo aéreo do Brasil, a elevação vizinha da Quinta era conhecida como Morro dos Telégrafos. Pouco depois, foi instalada ali perto uma indústria com o nome de Fábrica de Fernandes Braga, que produzia chapéus e que, em pouco tempo, passou a ser conhecida como “fábrica das mangueiras”, já que a região era uma das principais produtoras de mangas do Rio de Janeiro.
Não demorou muito para que a Fábrica de Fernandes Braga mudasse para Fábrica de Chapéus Mangueira. O novo nome era tão forte que a Estrada de Ferro Central do Brasil batizou de Mangueira a estação de trem inaugurada em 1889. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira, enquanto o antigo nome de Telégrafos permaneceu para identificar apenas uma parte do morro. Atualmente, Telégrafos, Pindura Saia, Santo Antônio, Chalé, Faria, Buraco Quente, Curva da Cobra, Candelária e outros são pequenos núcleos populacionais que formam o complexo do Morro de Mangueira.
Documentário a História do Samba Carioca
Em 1926, a Mangueira já era um reduto de sambistas, representados no concurso na casa de Zé Espinguela, em 1929, pelo então bloco Estação Primeira. A partir daí sua história se confunde com a história do Carnaval, e de sua mais popular agremiação carnavalesca, a Estação Primeira.
Formado por grandes sambistas do Bloco dos Arengueiros, tais como Cartola, Carlos Cachaça, Zé Espinguela e Saturnino Gonçalves, entre outros, estes abandonaram a ideia deste bloco para em 1928 criar o Estação Primeira, que mais tarde se tornaria a atual escola de samba. Também existiu na década de 30 a escola Unidos de Mangueira, porém não durou muitos anos.
Com o crescimento do mundo do samba, a Estação Primeira de Mangueira trouxe melhorias e um certo prestígio a comunidade, obtendo apoio governamental e de empresas para oferecer cursos e opções de esportes e lazer à população local.
A identidade do morro e da escola com o tempo se misturaram.
fonte: Wikipedia.org