Bezerra da Silva canta Pai Véio: Bezerra da Silva canta com seu humor característico a música ‘Pai Véio’.
Bezerra da Silva canta Pai Véio
Bezerra da Silva canta Pai Véio 171 – Bezerra da Silva
Qué falá com pai véio vem agora
Porque pai véio já qué ir se embora
Qué falá com pai véio vem agora
Porque pai véio já qué ir se embora
Ih mai meu fio tá todo macumbado
As piranhas estão te devorando
Não tem um lugar nem prá dormir
E ainda meu fio mora andando
Escute o que o véio vai falá
E num papé tú vai iscrivinhando
Qué falá com pai véio vem agora
Porque pai véio já qué ir se embora
Qué falá com pai véio vem agora
Porque pai véio já qué ir se embora
Ih, mai me traga oito quilo di feijão
Deis galinha bem gorda e bem pelada
Deis quilo de arroz e macarrão
E deis lata de doce de marmelada
Deis garrafa de vinho do bonzão
Que a tua mironga tá curada
José Bezerra da Silva (Recife, 23 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2005) foi um cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete brasileiro dos gêneros musical coco e samba, em especial de partido-alto.
No princípio, dedicava-se a gêneros nordestinos, principalmente o coco até se transformar em um dos principais expoentes do samba nos anos seguintes. Através do samba, cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical. Estudou violão clássico por oito anos e passou outros oito anos tocando na orquestra da Rede Globo, sendo um dos poucos partideiros que lia partituras,
Gravou seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro disco em 1975, de um total de 28 álbuns lançados em toda a carreira que, somados, venderam mais de 3 milhões de cópias. Ganhou 11 discos de ouro, 3 de platina e 1 de platina duplo. Apesar de ter sido um dos artistas mais populares do Brasil, foi um artista bastante ignorado pelo “mainstream”.
A partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar o público. O repertório dos discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a mostrar a sua realidade em músicas como: “Malandragem Dá um Tempo”, “Sequestraram Minha Sogra”, “Defunto Caguete”, “Bicho Feroz”, “Overdose de Cocada”, “Malandro Não Vacila”, “Meu Pirão Primeiro”, “Lugar Macabro”, “Piranha”, “Pai Véio 171”, “Candidato Caô Caô”. Em 1995 gravou pela gravadora CID “Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert”, uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.