Pixinguinha: O Mestre do Choro

Pixinguinha: O Mestre do Choro Brasileiro

Pixinguinha: O Mestre do Choro Brasileiro

Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, foi um dos maiores músicos e compositores da história da música brasileira. Nascido no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1897, Pixinguinha revolucionou o gênero do choro, introduzindo harmonias sofisticadas, contrapontos inovadores e instrumentação diferenciada.

Desde cedo, mostrou talento para a música. Criado em um ambiente musical, aprendeu a tocar flauta e, posteriormente, saxofone. Aos 13 anos, já se apresentava em grupos musicais e, na década de 1910, começou a compor e gravar suas primeiras músicas. Seu estilo único logo chamou atenção, e ele se tornou uma das figuras centrais da música instrumental brasileira.

Breve História do Samba
Donga, Pixinguinha e João da Baiana

O grupo inovou ao levar o choro a novos públicos, incorporando influências africanas, do jazz e da música popular brasileira. Em 1922, fizeram uma histórica turnê na França, apresentando a riqueza da música brasileira ao mundo. A instrumentação variada e os arranjos sofisticados de Pixinguinha ajudaram a modernizar o choro. Os Oito Batutas foram essenciais para a consolidação de Pixinguinha como um dos maiores nomes da música brasileira.

A sofisticação e a transformação do choro com Pixinguinha

Na década de 1920, o choro passou por uma transformação significativa com a contribuição de Pixinguinha. Ele incorporou novos instrumentos, como o saxofone e a percussão, enriquecendo os arranjos e tornando o gênero mais sofisticado. Sua parceria com Donga e João Pernambuco foi fundamental para a consolidação do choro como um dos principais estilos musicais do Brasil.

Uma das composições mais conhecidas de Pixinguinha é “Carinhoso”, composta por volta de 1917, mas que só ganhou letra anos depois, escrita por João de Barro. A canção se tornou um dos maiores clássicos da música popular brasileira e continua sendo interpretada por artistas de diversas gerações.

Outrossim, obras marcantes incluem “Lamentos”, “Rosa”, “Sofres Porque Queres” e “Ingênuo”. Cada uma dessas peças demonstra a genialidade de Pixinguinha na criação de melodias ricas e harmonias inovadoras. Sua música influenciou não apenas o choro, mas também o samba e outros gêneros da MPB.

História do Choro
Em 1932, Carmen e Aurora Miranda (sentadas) e segurando a flauta, Pixinguinha.

Além de compositor e instrumentista, Pixinguinha também foi um grande arranjador. Nos anos 1940 e 1950, trabalhou em rádios e estúdios de gravação, criando arranjos para diversos artistas e modernizando a sonoridade da música brasileira. Seu trabalho ajudou a consolidar a estrutura orquestral em gravações populares da época.

Pixinguinha tocando saxofone
Foto: arquivo Folhapress/Folhapress

Uma vida dedicada à música

Enfrentando desafios ao longo da carreira, como dificuldades financeiras e mudanças no mercado musical, Pixinguinha nunca deixou de criar e contribuir para a cultura nacional. Sua importância foi reconhecida em vida, mas seu legado cresceu ainda mais após sua morte, em 17 de fevereiro de 1973.

Hoje, Pixinguinha é celebrado como um dos maiores nomes da música brasileira. O Dia Nacional do Choro, comemorado em 23 de abril, foi criado em sua homenagem, reforçando a relevância de sua obra para a identidade musical do Brasil.

Finalmente, podemos dizer que seu impacto transcende gerações, influenciando músicos contemporâneos e mantendo viva a tradição do choro. Seu nome permanece sinônimo de inovação, genialidade e brasilidade, garantindo-lhe um lugar eterno na história da música.

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